quinta-feira, 24 de abril de 2014

Dica de semana: uso indiscriminado de suplementos alimentares

            Achei muito interessante essa reportagem da revista Veja orientando sobre o indiscriminado uso de suplementos.  A busca constante por um corpo ideal tem levado as pessoas à compra de produtos facilmente adquiridos em academias ou drogarias, que podem levar a sérios problemas de saúde.  Tento orientar muito bem as pessoas, mas infelizmente o número de usuários que procuram orientação do profissional de nutrição para avaliar a necessidade de suplementação, é muito baixo. Gostaria que lessem com muita atenção a reportagem. Estamos enviando produtos indicados para praticante de academia ou atletas proibidos recentemente pela Anvisa. Gostaria de solicitar aos pais que ficassem mais atentos em relação à suplementação alimentar de seus filhos.
             Abraços e ótimo final de semana, sempre lembrando que o principal não é a busca por um corpo ideal, e sim a de uma alimentação saudável, que garanta todos os nutrientes necessários de acordo com as necessidades de cada um.
Reportagem revista Veja
            Vendidos com o objetivo de complementar a dieta, os suplementos alimentares podem oferecer um risco oculto aos praticantes de esporte. Quem faz o alerta é o educador físico Jocelito Martins, oficial de controle antidoping da Agência Mundial Antidoping (Wada). Segundo ele, ao consumir o suplemento, o atleta pode ingerir, sem saber, substâncias como sibutramina (utilizada para emagrecimento), furosemida (que tem efeito diurético) e hormônios anabolizantes. O uso desses aditivos não é autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), porém, eles estão presentes em pelo menos um terço dos suplementos importados e entre 25% e 50% dos nacionais.
            Os suplementos são encontrados sem dificuldade pelos atletas: na internet, em lojas especializadas, nas academias e inclusive em supermercados. O problema, segundo Martins, é que o rótulo não avisa sobre as outras substâncias contidas na fórmula. “Em alguns casos, ocorre à contaminação intencional para que tenha o efeito desejado. Os atletas precisam ficar atentos porque isso nunca está descrito no rótulo. No Brasil, a Anvisa regula, mas só age sob denúncia”, diz Martins.
            A recomendação do especialista é que os atletas fiquem atentos à procedência dos suplementos. Além disso, é preciso desconfiar da composição declarada em rótulos e bulas e de preparações farmacêuticas manipuladas para esse objetivo.
Efeitos para a saúde O uso consciente ou inconsciente de substâncias como hormônios, sibutramina e anfetaminas é desaconselhado pelos médicos por conta de seus efeitos prejudiciais à saúde. Em geral, a ânsia por resultados rápidos de ganho de massa muscular e a necessidade de superar os próprios limites, aumentando o próprio desempenho, fazem com que os esportistas não pensem nos resultados em longo prazo.
            “O excesso de hormônio como a testosterona, por exemplo, pode diminuir a capacidade de ereção, causar espinhas, provocar crescimento de pelos pelo corpo - fatos que podem trazer reflexos para o resto da vida”, diz o endocrinologista José Egídio Oliveira.


Helena Schimidt, endocrinologista da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, chama a atenção para o uso do hormônio do crescimento, mais utilizado por pessoas de alto poder aquisitivo, por conta do alto preço. “Esse hormônio aumenta a massa muscular e a força – exatamente o que as pessoas buscam quando fazem musculação. As pessoas que usam esse medicamento podem desenvolver a acromegalia, doença existente em pessoas que secretam o hormônio do crescimento excessivamente”, avisa. Nesse caso, as mãos, os pés, o queixo e a testa crescem de uma forma anormal. Além disso, aumentam as chances de doenças cardiovasculares – problema comum em quem utiliza outros tipos de aditivos, como a sibutramina.
            A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a distribuição e a comercialização, em todo o país, de quatro suplementos alimentares voltados para atletas. Três dos produtos punidos são fabricados pela Maximum Human Perfomance (MHP):  Isofast-MHP (proteína), Alert 8-Hour-MHP (termogênico) e Probolic-SR-MHP (proteína).

            O suplemento Isofast-MHP foi suspenso "por apresentar BCAA (aminoácidos de cadeia ramificada) e não se enquadrar em nenhuma das classificações descritas nos artigos 5º e 29 da Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº 18, de 27 de abril de 2010". O Alert 8-Hour-MHP foi proibido "por conter taurina em sua composição" — segundo a Anvisa, a taurina é permitida em bebidas energéticas, mas proibida em alimentos para atletas. Já a suspensão do Probolic-SR-MHP se deu "por não haver comprovação de segurança de uso do produto"

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