Achei muito interessante essa
reportagem da revista Veja orientando sobre o indiscriminado uso de
suplementos. A busca constante por um
corpo ideal tem levado as pessoas à compra de produtos facilmente adquiridos em
academias ou drogarias, que podem levar a sérios problemas de saúde. Tento orientar muito bem as pessoas, mas
infelizmente o número de usuários que procuram orientação do profissional de
nutrição para avaliar a necessidade de suplementação, é muito baixo. Gostaria
que lessem com muita atenção a reportagem. Estamos enviando produtos indicados
para praticante de academia ou atletas proibidos recentemente pela Anvisa.
Gostaria de solicitar aos pais que ficassem mais atentos em relação à
suplementação alimentar de seus filhos.
Abraços e ótimo final de semana, sempre
lembrando que o principal não é a busca por um corpo ideal, e sim a de uma
alimentação saudável, que garanta todos os nutrientes necessários de acordo com
as necessidades de cada um.
Reportagem revista Veja
Vendidos com o objetivo de
complementar a dieta, os suplementos alimentares podem oferecer um risco oculto
aos praticantes de esporte. Quem faz o alerta é o educador físico Jocelito
Martins, oficial de controle antidoping da Agência Mundial Antidoping (Wada).
Segundo ele, ao consumir o suplemento, o atleta pode ingerir, sem saber,
substâncias como sibutramina (utilizada para emagrecimento), furosemida (que
tem efeito diurético) e hormônios anabolizantes. O uso desses aditivos não é
autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), porém, eles
estão presentes em pelo menos um terço dos suplementos importados e entre 25% e
50% dos nacionais.
Os suplementos são encontrados sem
dificuldade pelos atletas: na internet, em lojas especializadas, nas academias
e inclusive em supermercados. O problema, segundo Martins, é que o rótulo não
avisa sobre as outras substâncias contidas na fórmula. “Em alguns casos, ocorre à contaminação intencional
para que tenha o efeito desejado. Os atletas precisam ficar atentos porque isso
nunca está descrito no rótulo. No Brasil, a Anvisa regula, mas só age sob
denúncia”, diz Martins.
A
recomendação do especialista é que os atletas fiquem atentos à procedência dos
suplementos. Além disso, é preciso desconfiar da composição declarada em
rótulos e bulas e de preparações farmacêuticas manipuladas para esse objetivo.
Efeitos para a saúde – O uso consciente ou inconsciente de substâncias como
hormônios, sibutramina e anfetaminas é desaconselhado pelos médicos por conta
de seus efeitos prejudiciais à saúde. Em geral, a ânsia por resultados rápidos
de ganho de massa muscular e a necessidade de superar os próprios limites,
aumentando o próprio desempenho, fazem com que os esportistas não pensem nos
resultados em longo prazo.
“O
excesso de hormônio como a testosterona, por exemplo, pode diminuir a
capacidade de ereção, causar espinhas, provocar crescimento de pelos pelo corpo
- fatos que podem trazer reflexos para o resto da vida”, diz o endocrinologista
José Egídio Oliveira.
Helena
Schimidt, endocrinologista da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e
Metabologia, chama a atenção para o uso do hormônio do crescimento, mais
utilizado por pessoas de alto poder aquisitivo, por conta do alto preço. “Esse
hormônio aumenta a massa muscular e a força – exatamente o que as pessoas
buscam quando fazem musculação. As pessoas que usam esse medicamento podem
desenvolver a acromegalia, doença existente em pessoas que secretam o hormônio
do crescimento excessivamente”, avisa. Nesse caso, as mãos, os pés, o queixo e
a testa crescem de uma forma anormal. Além disso, aumentam as chances de
doenças cardiovasculares – problema comum em quem utiliza outros tipos de
aditivos, como a sibutramina.
A
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a distribuição e a
comercialização, em todo o país, de quatro suplementos alimentares voltados
para atletas. Três dos produtos punidos são fabricados pela Maximum Human Perfomance
(MHP): Isofast-MHP (proteína), Alert
8-Hour-MHP (termogênico) e Probolic-SR-MHP (proteína).
O suplemento Isofast-MHP foi suspenso "por apresentar BCAA (aminoácidos de cadeia ramificada) e não se enquadrar em nenhuma das classificações descritas nos artigos 5º e 29 da Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº 18, de 27 de abril de 2010". O Alert 8-Hour-MHP foi proibido "por conter taurina em sua composição" — segundo a Anvisa, a taurina é permitida em bebidas energéticas, mas proibida em alimentos para atletas. Já a suspensão do Probolic-SR-MHP se deu "por não haver comprovação de segurança de uso do produto"
O suplemento Isofast-MHP foi suspenso "por apresentar BCAA (aminoácidos de cadeia ramificada) e não se enquadrar em nenhuma das classificações descritas nos artigos 5º e 29 da Resolução da Diretoria Colegiada - RDC nº 18, de 27 de abril de 2010". O Alert 8-Hour-MHP foi proibido "por conter taurina em sua composição" — segundo a Anvisa, a taurina é permitida em bebidas energéticas, mas proibida em alimentos para atletas. Já a suspensão do Probolic-SR-MHP se deu "por não haver comprovação de segurança de uso do produto"
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